As doenças psicossomáticas não são novidade para a humanidade. Basicamente, durante todo o período da humanidade na terra, temos vivido sob o estigma desse mal e, apesar de tanto tempo, nunca aprendemos como solucioná-lo ou simplesmente, não nos dispomos para isso.
Deixando para trás os milhares de anos de sofrimento que já transpomos, quero me reportar apenas ao tempo em que o neurocirurgião Sigmund Freud e outros pesquisadores de sua época, descobriram que as doenças, ao contrário do que pensava a medicina, tinha sua origem em causas emocionais. Eles começaram a perceber que pessoas com diversos problemas de saúde, cujas causas não eram diagnosticadas fisicamente, melhoravam e ficavam completamente curadas apenas resolvendo seus problemas emocionais.
Hoje, a Psicossomática é um ramo da medicina que estuda as doenças que tem origem na mente e atingem o corpo humano(sempre haverá essa interligação).
Nesse aspecto podemos destacar três grupos com manifestações diferentes:
1º - Pessoas que tem sintomas físicos, sentem dores em diversas partes do corpo, porém a causa é unicamente emocional, ou seja, exames clínicos não encontrarão qualquer lesão que sinalize como sendo a causa do sofrimento daquela pessoa. Para seu tratamento, os remédios pouco ou nada valerão. Será preciso resolver, na origem, seus problemas emocionais.
2º - Pessoas que tem sintomas físicos e, embora, inicialmente, sejam apenas problemas de ordem emocional, sua persistência acaba lesando fisicamente o órgão ou região do corpo, ou seja, os exames clínicos já diagnosticarão uma lesão física causadora do sofrimento daquela pessoa. Nesse caso, no tratamento serão utilizados remédios, exercícios fisioterápicos, associados ao tratamento analítico das causas emocionais.
3º - Nesse último grupo, o paciente tem uma lesão física diagnosticada que lhe causa dor, porém, a dor sentida pela pessoa é muito maior que aquela produzida pela lesão conhecida, porque também existe causas emocionais que amplificam aquela dor, tornando-a insuportável para o paciente. Como no caso anterior, o tratamento deve associar drogas, outros procedimentos específicos e a análise dos transtornos emocionais.
É importante mencionar que o corpo e a mente funcionam em conjunto e estão sempre em busca do equilíbrio funcional. As doenças que tanto nos afligem são na verdade mecanismos de defesa de nosso organismo, a fim de evitar um prejuízo maior. Assim, as doenças psicossomáticas são providências do corpo ou da mente que funcionam como válvulas de escape das tensões que sobrecarregam um sistema ou outro.
Por exemplo, uma dor nas costas, quando a pessoa não passou por nenhum trauma naquela região, pode ser uma sobrecarga de estresse que o cérebro liberou de seu sistema, para não comprometer regiões cerebrais que poderiam sofrer lesão, caso aquela sobrecarga permanecesse ali por mais tempo.
Os estudos das doenças psicossomáticas restauram as idéias de Hipócrates e sustentam que para compreender o ser humano em seus sofrimentos é necessário que seja analisado em seu sentido mais amplo, levando-se em conta suas relações com o meio onde vive, suas relações familiares e parentais e demais relações, seja de cunho profissional, cultural, inclusive quanto ao seu passado e seu futuro. Suas emoções, seus pensamentos e seus sonhos, devem ser igualmente considerados.
Infelizmente, não obstante as idéias hipocráticas, dentre outros da mesma linha de entendimento, remanesce a cultura paralela da cura pelo sintoma, sem ao menos buscar a sua origem. A cultura capitalista exacerbada sobrepõe-se aos direitos humanos de tal forma que, muitos daqueles que juraram serem fiéis à ética médica como protetores das pessoas em seus direitos fundamentais de saúde e bem-estar, são corrompidos pela ganância do receituário, que leva tantos a viverem dependentes das drogas farmacêuticas e terminam convencidos que não podem viver sem aquele medicamento, quando, muitas vezes, só precisariam deixar alguns hábitos e atitudes que realimentam, emocionalmente, suas doenças psicológicas.
A vida de uma pessoa que sofre com doenças psicossomáticas pode mudar, radicalmente, para melhor a partir do momento que passar a compreender que são suas atitudes que a fazem sofrer.
Uma vida que tem por costume praticar o que é mau, não pode trazer bons sentimentos. O corpo sofre porque o que fazemos de mal fica gravado em nós. O acúmulo de sentimentos e atitudes ruins criam na mente e no coração uma sobrecarga que o sistema orgânico não poderá suportar por muito tempo. Dessa forma geram as doenças que são pontos de descarga para aliviar a mente. Muitas doenças comuns tem origem dessa forma. O câncer, as úlceras, dentre tantas outras, são exemplo disso.
Ao contrário, o bem-estar só pode acontecer numa pessoa que cultive bons hábitos de convivência relacional com os outros e consigo mesmo. A vida é uma corrente formada por elos do bem. A prática de bons hábitos atrairão sempre bons sentimentos e boas emoções. Esses, o coração a mente e todo o corpo agradece.
Muitas vezes, a vida parece estar uma bagunça sem precedentes. Quando alguém se encontra assim, talvez não tenha condições por si só, de reorganizar sua vida. Muitos se desesperam porque acham que não tem mais solução. Mas não é o caso. Essas pessoas precisam de ajuda de todos. Do profissional que vai direcioná-la para encontrar suas respostas dentro de si mesma. Dos familiares que precisarão compreendê-la e apoia-la para adquirir segurança e levantar sua alta-estima. De DEUS, porque conhece os mais íntimos segredos de nossa alma e quer o melhor para nós.
Viver bem em família, com os colegas, com as pessoas que nos cercam onde quer que estejamos, considerando-os como realmente devem ser considerados, seres humanos dignos de respeito e consideração; buscar a harmonia, a paz, a sinceridade e o amor. Procurar manter a mente limpa, guardando apenas no seu íntimo as boas coisas vividas a cada dia. Olhe ao seu redor e descubra quanta coisa linda DEUS deixou para ver, sentir e amar.
Seja F E L I Z !
Essa é uma pequena receita para quem deseja viver bem, com qualidade, segurança e saúde.
Casandrade
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